(Carta de Adeus)
Não preciso do resto da minha vida pra ter certeza que o que sinto é amor.
Tenho convicção disso por entender que mesmo te amando, não te quero ao meu lado, porque eu não sei te amar!
Eu quero a sua felicidade, e quero-a tanto que abro mão do prazer que sentiria em participar dela.
Não pense você que isso é baixa auto-estima (palavra engraçada), ao contrário, me sinto muito melhor depois de compreender isto.
Talvez este seja o meu adeus, então receba-o de coração.
Estou feliz porque sei que você está bem agora, porque eu também estou bem agora.
E o que me levou a escrever não foi saudade, não é carência... saudade dá e passa, carência a gente mata. O que eu sinto é estável e permanente. Sinto como se você ainda estivesse comigo, como se a gente ainda fizesse planos. É engraçado, mas eu consigo ouvir sua voz cantando comigo. Escuto você me dando "boa noite" e quando acordo estou feliz porque você também acordou bem. Ainda cozinho pra você, e me arrumo toda noite pra não te esperar.
Eu não te espero, eu não te quero porque eu não sei te amar. E nem desejo aprender. Prefiro as boas lembranças e a certeza da sua felicidade. Da minha felicidade.
E não exclame meus olhos inchados, não é de felicidade (óbvio!), não é de tristeza, mágoa... são só olhos inchados. ("Você deveria ver o tamanho da exclamação que uso quando digo que te amo!" A.R.)
E o sorriso que aparece quando te recordo... vai estar sempre aqui, junto com as lembranças que um dia também irão. Eu só não sei aonde.
Boa noite, 2-2-3!
"Não quero apressar nada, tudo se resume a instantes..."
*
*
(Anny Luna)
*
(Anny Luna)
